Desde o início desta nova era digital, o mundo da educação mudou significativamente. A Internet, que era utilizada como alternativa aos livros, à investigação clássica e às conferências, tomou um lugar de destaque em termos de aprendizagem. É-nos dada a ideia de que as pessoas já não têm dificuldade em aceitar um seu semelhante como autoridade do conhecimento, referindo-se antes a vídeos e blogues da Internet como autoridade, enquanto estes são também escritos e feitos…pelas pessoas.
Infelizmente, esta é a tendência negativa em que nos encontramos de momento, mas o projeto do museu virtual STEM tentará, de alguma forma, ir ao encontro de um nicho que poderia ajudar a regular esta condição e a preservar o valor da informação.
Informação revista
Seguramente, uma das maiores vantagens de utilizar os museus virtuais STEM para as escolas é a revisão de toda a informação por parte de especialistas da área. Um estudo de 2016, que analisou 376 milhões de interações dos utilizadores do Facebook com mais de 900 meios de comunicação social, concluiu que as pessoas tendem a procurar informações que se alinhem com os seus pontos de vista. Esta perspetiva coloca muita gente em posição vulnerável, aceitando e agindo com base em informações erradas (Pew 2017). A filtragem de toda esta informação torna-se o papel do professor, na incessável busca dos materiais certos, através de estudos precisos. Muitas vezes, todo este processo é levado a cabo apenas na preparação de uma sessão letiva, para que os estudantes recebam a informação da melhor qualidade. Utilizando os museus virtuais STEM, seja como professor ou aluno, poderá ter a certeza de que a informação foi verificada e revista por professores e especialistas da área. Como se costuma dizer, a Internet pode ser a autoestrada da informação, contudo, de igual forma, poderá ser também a autoestrada da desinformação. Neste âmbito, fizemos o trabalho de pesquisa por si, para que possa emergir no seu processo de estudo de forma mais cómoda e sentir-se seguro/a acerca dos conhecimentos adquiridos.
Visão direta dos processos
Uma das belezas da tecnologia moderna é a possibilidade de fazer um modelo visual muito preciso em relação a imagens, apresentações, vídeos e animações. As equipas trabalham em conjunto na criação de um visual que dará ao/à leitor/a uma melhor visão de como certos processos funcionam, sejam eles cortes por raios laser, cortes por jato de água ou processos aerodinâmicos.
Boas notícias para os docentes!
Para os/as docentes que trabalham em projetos STEM juntos/as, este processo tornará mais fácil que todos/as eles/as se conheçam e se associem, havendo a possibilidade de trocarem conhecimentos, observar e aprender com os métodos uns/umas dos/as outros/as e atualizar os seus conhecimentos e competências de ensino. Dado que trabalharão essencialmente com países estrangeiros, isto ajudará a que professores de vários países europeus colaborem e reforcem os laços institucionais a nível internacional, abrindo portas a outras oportunidades.
Sendo que os/as professores/as contam com uma plataforma, projeto e oportunidade para comunicar e trocar informações, o ato de reverem os trabalhos uns dos outros torna-se mais fácil, reforçando a provisão de informação objetiva e fidedigna, como mencionado anteriormente.
É preocupante que, em muitos países da UE, o ensino não seja um “go-to job” para muitas pessoas. Na verdade, um post do TIC Recruitment (um sítio web criado para professores a trabalhar no estrangeiro) diz-nos que 42% dos/as professores/as escolhem ensinar no estrangeiro pelo facto de estarem insatisfeito com o sistema educativo dos seus países (TIC 2020). Uma plataforma como o VMSTEM poderá facilitar a comunicação entre professores/as a de vários países, incrementando o seu saber acerca de como certas práticas funcionam melhor em sistemas educativos diferentes, para que se possam aplicar nos seus próprios países.
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